segunda-feira, 27 de maio de 2013


Dessa vez a vida me preparou um golpe. Escrevo sem corretores de texto, canetas tinteiro, esferográficas. No pulso forte e sincopado dos dedos, no teclado, perdi o medo do escuro no último acorde do silêncio que não percebia. Posições definitivas sobre possíveis temas não existirão quase sempre em função da eterna transformação? As vezes não... Células envelhecem ou eletrodomésticos sucateados? Em algum momento tanto faz. Porque o cume do acontecimento seguinte, e podre, que ilumina de cinza o vão das idéias transparece. Daí que é tanta merda; tanta tanta tanta... Que sinceramente, a pele ou o radiorelógio jurássico quase chegam a significar a mesma coisa. Não quero revelar o motivo exato da pólvora queimando o cérebro; ou incendiar o terreiro, engordar a turba. Mas certos movimentos remetem diretamente aos deuses pessoais e intransferíveis de cada um. Que aliás, ressaltam nos papiros a lei do retorno... Intranferível senhores... Pelo menos isso...


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Tornar – se - ia o maior de todos os vícios de um mesmo menino velho. Achar uma linguagem, um chão. A Terra rachada de morro, caatinga de lixão. A miscigenação de toda parte e interpretações. O gosto e o cheiro dele. A busca de uma ordem que não haveria! Todos querem a mesma coisa, não? Quem fala demais não decupa, se esquece. Eu sou assim... Mas não engano ninguém.
Não temo palavras, nunca. Somente quem as carrega. Ou como! Entoam, transbordam. São apequenadas por trás de um grito, ou de sussurro aterrador; Ou ao contrário! E os “porquês” de quase sempre?
A comunicação falada por si só, deveria emergir lavrada de perdão, ou simplesmente desistir. Falamos para fora, e para dentro... Simultaneamente... Em colisão!
A boca que exala e a garganta que sopra. Como fossem de frases a embarcação. Empurra a vela, respirando diálogos num oceano vertical. Nascendo atrás dos dentes, língua, lábios e olhos e poros... E a conversa! Quem escuta?
Não sou nada que não possa ou deveria. Apenas o cara que escondi atrás dos olhos. Toda vida! Uma devoção a tudo que pudesse convencer.
Que o “tempo”, seja quase uma indagação constante, conjugada no caminho das minhas previsões, admito! Mas os personagens. Ah! Os personagens dos personagens! Justificariam tudo! Lugares em movimento, que falam por si... (!)
E o prefácio dos mundos que escreveria, seria como dar a luz a mim mesmo...

quarta-feira, 22 de maio de 2013


Da série palavras repetidas // Aonde se esconde a beleza? Em que lugar? Pode reparar que dificilmente, entre casais, o belo encontra similar... Quase sempre a perfeição desfila acompanhada daquilo que não é tão... Perfeito!... Talvez porque sejam munidos de outros atributos, ou universos, outros... E é tão particular a escolha, que depois, contemplamos do mesmo jeito. E fazemos graça com risinhos... E brincamos de estar junto. Algumas horas de perfeição...

ADORO ESSE TX e atendendo a pedidos: Uma Clarineta, um Trompete e uma Ninfeta Piranha Menor de Idade //

O trompetista era estudante dedicado. Tinha méritos o rapaz sim. Fora sozinho para o exterior, estudava muitas horas por dia. Aprendeu a ler partituras como se livros fossem; e outras línguas também. Méritos...! Mas o ego; ah! Inimigo mordaz. SE “encarregara” de criar um sujeito com vícios diferenciados da erudição. Garotas menores de idade por exemplo. Fácil perder o rumo sem ver o rosto do cobrador! A empáfia absurdamente dimensionada sorria sozinha quando vestia um terno para tocar na filarmônica; Era “concursado” o capeta e ganhava bem! E elas acreditavam que isso ainda era bom partido e ele vendia o peixe! Porque feminismo em certos lugares é palavra em desuso! Problema  era pagar o pedágio ou a conta. Sovina o rapaz que tinha quase trinta! Se cair mete o nariz no chão porque à mão não abre nem para dar tapa! O outro, mais velho q tinha seus trinta e mais de meia década, era racista, gago e nascera numa dessas cidades do interior de Minas. Se auto-intitulava austríaco! Racista de carteira; reza a lenda, muito pouco dotado. Mas sabia seduzir e vá entender o resto! Nomes pomposos, gentilezas, outras línguas; sei lá. Um copiava a podridão do outro. Caçadores de periferia de garotinhas menores de idade. 

Ela pessoa boa, ingênua (ou não!); mas menina. Filha de mãe preta e parenta de vários. Dezesseis anos e já morava na capital. Crescera numa dessas cidades diminuídas e cantadas por sertanistas. Linda! E Se deixou levar com olhos grandes de chocolates franceses e vinhos. E iludir quem tem dezesseis! Simples seria ! Vendemos a alma por um preço pífio às vezes não! Ou; um mínimo para quem pensava não ter nada; pingo de pirita que era mina. E não faltava nada à filha da mãe! Futilidade moderna;  ausência de pai e cinto. E a mãe, viajava para projetos sociais. Trabalhava na área da saúde pública e se enfiava aonde ninguém queria! Cuidava de problemas bucais, mas mesmo assim, suas palavras nas orelhas da menina não ecoavam, viravam vento, diziam nada.

E fôra ela, o parque de diversões dos moços. O que fizera com um, que de tanto contar, com o outro fora repetido em dobro! Entregara a menina com os seus segredos, o trompetista. Fácil ser o melhor, quando segredos não existem. O outro foi!... A Geni de Chico; A madalena de alguém. E várias vezes, quando a orquestra não tocava, lá estavam; ela fingindo estudo e batendo ponto à tarde, saciando a fome de marmanjo da vez, que cospe na cara e dá pancada nos glúteos; depois espalha nas rodas sociais o que acontece com orgulho e menininhas menores de idade. 

Mas, voltando a vaca fria, ficou impressionada mesmo com o “som da clarineta”. Dizem q até 1a parceira apareceu! Sabia agradar porque do amigo estreante ouvira as estórias. O que fazer! O outro virou fachada! E "servir" quem renega a cor da mãe? Frase forte essa... 

Continuemos: No fundo abissal daquela passa, passa, ou troca, se escondia oculto; talvez; o desejo secreto dos rapazes. Especialistas em sopro e outras embocaduras! O que diria Sigmund Freud que criara a psicanálise! E a figura da mãe entraria aonde? Eram quase irmãos! Incesto homosexual moderno? Talvez. Porque mergulhar entre as pernas cujo outro se esbaldou e desdenhou depois de se divertir, sem preservativos e sombras de respeito e outras moralidades em desuso. E pedir de volta com ares de desejo  profundo!

Mas havia 1 detalhe; 1! E não tão pequeno quanto o falô do mais velho: O trompetista quis voltar ao duo; mas na partitura; só escrita estava; a melodia da clarineta! 

Meu pai! Com permissão atestada em conversa de balcão... E contam que muito rápido foi à passagem de um para o outro. Presentes !?  Dias que resumiriam aquela amizade eterna e profissional de anos. E com o aval do dito; ou, o do trompete, abrindo alas para a clarineta. E convivendo; todos os dias... E dizem que o segundo instrumento, é bem mais difícil de aprender!... Deveriam ser mais  modernos e correr um risco qualquer aqueles dois, porque na minha terra, quem come caroço, deseja a fruta. Se estiver errado, por favor, corrijam... Nada contra, mas “viadagem”mal resolvida é Fo da!

Sobre ela; hoje alcançou a maior idade disseram; e têm problemas de foco, inseguranças absurdas. Não sei se acabou mais ou menos piranha do que deveria ser... E fingia com certeza infantil, que era bem resolvida; ou realmente pensava... Nome não conto! Não assino embaixo por afirmação nenhuma que venha dali; Porque verdade é outra coisa. E talvez; a coroa não caiba na cabeça do olho que enxerga o castelo! Fazer o que? Dizem que foi estudar música na escola de um e a mãe continua rezando uma coleção de novenas e cuidando daqueles que ninguém quer. Sem nunca deixar de pensar na filha! Merecia àquela senhora não! Mas tem sabedoria... Alguns contam que a guria voltou a freqüentar a casa dos “boqueteiros” (perdoem os puristas novamente) e que o trompetista corre atrás feito rato no queijo. Nisso eu talvez apostasse!... E não conseguiu se esconder; porque fugir é muito difícil; dessa estória de ninguém! É feiosa... Ilegal e notícia...


1a crônica triste

terça-feira, 21 de maio de 2013






Haverá sempre um lugar...


Novamente ignorando corretores de tx e outras formas de minimizar erros. Mas falo de mim... Daquilo que sinto e reproduzo via gestos e fala e palavra... Acho terrível tratar da melhor forma possível contra-parentes e qualquer outro, e perceber no fundo do pote rugas silenciosas de esterco mental. Traduzindo: falam o q não sabem, agem pouco e criticam todo dia os mesmos abomináveis movimentos... Novamente acho que devo uma explicação: elocubram sobre tudo e todos e são incapazes de enxergar o próprio rabo; assumir os erros e avançar. Ô irmão. Para q? Observar o universo alheio anestesia a necessidade, não!? Claro. E transforma o ser, num inseto de papel velho. E por um minuto aquele mundinho descartável vale a pena... Queria ganhar tempo para acender a lanterna daqueles que ainda tem mto tempo. Mas acho quase impossível! Porquê a experiência de viver qualquer coisa, a caça e o caçador, etc etc etc. Parece a premissa maior para existir... Última explicação: "perca" tempo com o que pode dar certo ( salve Torquato!). Isso vale mais que mil beijos na boca... E acredite se quiser. Quem avisa amigo é!

sexta-feira, 17 de maio de 2013


Vida de Passarinho //
O que move um homem pensava. Trabalho, casa, família. Dentro de todos os preceitos o que restava bem verdade eram contas e um azedume incomensurável. A última vez que abordado numa dura da Polícia Militar perguntaram sobre drogas a resposta foi direta: Tá me esperando em casa doutor! Promessa de altar. Tinha somente uma filha estranha, apesar de achar a cabocla linda. A esposa não envelhecia. Cadela! Ou era ele que estava muito fora de forma. Achava um porre fazer média e sorrir amarelo para sogros velhinhos com odores da terceira idade. A tal colônia nem em brechó, falido de falência,se encontrava mais. Protelava o velho, há anos, o término do frasco. Embebia a pele com um passado que não voltava e por estranho motivo remetia o cheiro às... Rugas. Pele retorcida pelo tempo, abarrotada, células mortas. Embalagens descartáveis pensava! Que povinho mala! Era coerente, mas estava de saco cheio. Mesmo! Explodindo! Pela primeira vez em décadas libertava o monstro alimentado...
O vidro acabou na goela do velho que perdera os dentes e enfartara no meio do percurso. A pobre esposa catatônica rezava em silêncio um Pai Nosso que não terminou. Atingida por um samovar russo alcançara o chão com a brevidade de um corpo esguio em declínio. – Velharia que vai outra que cai. Repetiu três vezes. A filha gargalhava no auge de um surto da onde jamais retornaria. Seria internada por um contra parente bacana cujo nome não poderia ser identificado.
E o cara, ainda embebido de sangue quente, algemado em flagrante pescava tranqüilo. Quando anos depois um repórter da rádio estatal perguntara o porquê daquilo tudo, respondera sem mexer as sobrancelhas que os anos foram generosos e o tempo honrava cada mote de trezentos e sessenta e cinco dias, para que compreendido pudesse ser. A primavera cuspia flores e não outros nomes. Não haveria herdeiros de fé para ensolarar qualquer sombra de arrependimento. Era livre: se nascera para viver todos os dias iguais, deveria então ser um passarinho e de resto, à gaiola que a ele caberia.
O gaiato era sincero. Repetiu isso novamente três vezes e voltara para a aula de teologia do presídio com nome de governador. Estudava agora a palavra. Não mais moveria suas mãos. Ia ler até cansar e esquecer o cheiro daquele perfume velho.
A poesia de Pedro não fala; canta.
Contemporiza, Exalta.
E é no bumbo q faz estrada.
Onde o chão é grave e a vida ecoa.
Mas a música,
Senhora teimosa,
De hiatos profundos
Parece curvar-se ao mundo
E pedir humilde...
Passagem;
Porque na poesia do moço
Do verso que canta,
Passarinho pede licença
E o texto rompe a regra.
Como quem perde o caminho
Para achar outra forma, ou fôrma.
Não tem paciência a ciência 100 par!
Era do nada, um nada de menos ainda? Só calmaria de vento abanando, página virada.
Sopro q não soa, canta...
Pano de pó letrado.
Poeira de rabisco...
Risco de poesia...
Com assinatura de nome de apóstolo
Que perdeu a cruz e moveu a espada
No cume da santa
Palavra inventada.//
Para o poeta P. Rocha//
...

A saúva //
A saúva que é viúva
exímia cortadeira //
Leva a horta do moço
E o almoço da abelha. //
Porque sem folha não tem flor
e sem flor não tem mel //
Dona abelha chateada
Dava voltas pelo céu. //
Também dizia o gafanhoto
Nada sobra para mim //
E mordia o pé canhoto
Do menino curumim. //
Dona formiga se perguntava:
porque ninguém fala comigo? //
Se não tenho sossego
também não tenho amigo! //
Afinal todos nós sabemos
não é mentira de macaco //
que conversa de formiga
é só trabalho, trabalho... E trabalho. //
Resolveu a insetada
procurar a cortadeira //
que se defendeu zangada
dando bronca na abelha. //
Aprendemos desde cedo
que o inverno é frio e rigoroso //
depois as chuvas de verão
e outro inverno de novo... //
Todavia com tudo isso,
aprendi uma lição //
Com amigos dividimos
a conversa, o chão... O pão. //
E a partir deste momento
esta decidido enfim //
vou buscar comida longe
E não tropeçar no curumim. //
Confrades ilustres,
há um “porém” que ninguém foge //
são os desejos de cada um
que fere e tanto comove. //
Hoje dividimos isso
depois aquilo, e aquilo outro //
Concordamos, discordamos,
É a natureza de todos. //
Por isso sugiro em gesto solene
E o peito cheio de alegria //
A palavra que faltava:
De –mo – cra – ci – a... //

....

Para Mario Quintana //
Eles passarão... Mario passarinho
E eu, quieto feito flor,
Cumprimentarei os dois
Na página da paisagem ...

quinta-feira, 16 de maio de 2013

A maioria define o meio... Quase sempre!


Imagino num rompante, em absurda sincronia, aqueles milhões de pessoas. Rasgando uniformes, paletós, títulos de grandeza e costumes. Num único grito de sonora e prometida alforria. Sentida, esvaziada, dos excessos de zelo ao futuro próximo, quiçá distante. De todo esforço sem praia. Da soma de cursos, mestrados, doutorados, universidades. E pontos batidos e burlados. Do trânsito de toda a vida e de toda paisagem cinza, e seu tanto de CO2. Tudo! Finalmente reciclado! num imenso suspiro coletivo, ruidoso, igual. Ecoando, simultâneo, chacoalhando a terra e as veias de cobre e ferro carcomido.
É importante observar, que novamente não poderia desprezar a água sem reutilizá-la como ferramenta de compreensão. Fazer-se entender é o ó. E Sampa merecia um sopro de montanha com gosto de menta e árvores grandes de madeira. E outro Ibirapuera, e parques e coisa e tal... Qualquer coisa que justificasse o ar imundo que se respira, o esforço paulistano em “ser”... E compensar aquela ausência óbvia de tons esverdeados.
Talvez a maior teia de encanamentos entrecortados no subsolo de uma capital brasileira esteja na grande São Paulo. E, se não é água o que corre, perdoem os puristas ou iludidos de plantão. É cocô mesmo, meu senhor! Esgoto é nome chique. Um imenso liquidificador de bosta. Falemos o português popular brasileiro, e por “fezes”, transparente. Porventura até límpido! A multiplicação de todas as nossas necessidades jorrando em qualquer purificador que deságua no rio tataratá e dali pro mar e você passa a nadar, mergulhar. É muito “ar” para se pensar no cheiro asqueroso de uma rave de coliformes fecais. E vizinhos, e contra-parentes de bactérias, colados ao seu corpinho esculpido.
O resto é perceber a nossa realidade moderna, cheia de cloro e certezas perdidas numa imensa camada de ozônio, ferrada até o limite. Bem feito para todos nós que coçamos o saco e fingimos nada existir. E calamos a palavra, e vestimos a burca. Por quê? Andamos, nadamos e, conscientes do dever cumprido, poluímos o céu nosso de cada dia, com tamanha destreza, que até os ácaros foram absolvidos em anúncios de produtos. Agora reciclam pele morta em ambientes pouco arejados com baixa densidade de luz solar. É muito capricho para tanta lambança! Peça desculpa aos seus filhos e seja sincero uma vez na vida, somente. Mas seja! Eu fui! A vida é doce e... Uma linda...

Dizia na entrevista que por mais de 100 vezes havia entrado e saído da FEBEM... Tinha a pele escura e fisionomia calma. Contou que agora era um mediador entre conflitos no morro e viajava o país palestrando sobre os hábitos da favela... Um MEDIADOR sinaliza o princípio BÁSICO e democrático da conversa, ponderação e não violência... ORGANIZAÇÃO!... E continuava citando mais de 300 óbitos com assinaturas conhecidas. Pessoas próximas ou nascidas no local... Há bem mais que números em jogo... Certa vez o PCC parou São Paulo seguindo ordens que partiam de complexos carcerários... E querer não compreender é ignorar as lentes de um novo tempo... E a arrogância é irmã da guerra... A guerrilha!... A farda maldita dos homens que comeram mosca enquanto o vento passava...


... Mas a festa! Ah! A festa! Pudera saber cada dezena de convidados, que a esbórnia, no fundo, encobria o velório da velha. Aprendera a cantar para um deus que dança e ouvir outro nas missas de domingo. Mas Não derramaria uma lágrima sequer. Ah! Era um orgulho abominável, um espírito descartável, mas sentido por vez. Num momento único, mesmo que breve, de desprendimento e contida dor. Louvaria o mar e a mãe que abrilhantava um luar redondo. E nem por isso escaparia o mancebo das próprias probabilidades. Tinha conhecimento das liturgias. Formado no exterior, destilava três línguas como quem fala o português. Conhecia o mundo e a opção de contemplar e debater. Rodas fechadas abarrotadas de pessoas pouco interessantes? Mas a opção, era dele; de mais ninguém.

 
Da mesma forma afirmaria com plausível percepção, a escolha dos assuntos que se repetiam nas rodas de conversa todas às vezes! Os mesmos temas, acrescentados de impressionante cultura inútil. Argumentos coerentes, de acordo, para iludir os meses e reverenciar a corja. E colher os louros de uma pontaria previsível. Afinal... Era o dono da festa.

Mas todo mangue também é ninho. Infestado de mosquitos e muriçocas alucinadas. Quando percebemos que o contato físico soa repugnante e o ar periférico parece ruim, não realizamos que a lama esconde um imenso berço. Um útero natural parindo vida em sincopada velocidade. O milagre dissipado de milhares. Ninguém é de todo bom ou ruim... Nem ele. Nem assuntos. Nem pessoas ou lugares.

Reluzia o planeta morto no reflexo torto da água ondulada que dançava. E provava o espelho de sal. Era nobre à noite. Uma realeza diferenciada. Água traduzia a fé; de nações inteiras e três quartos do planeta. De mar e corpo humano. Sinalizavam dentro de si palavras gentis e um inenarrável conforto, que por muito pouco, muito mesmo, não deixara de sentir. Era fundamental perceber quando o anfitrião exige minutos que a ele convém. Para emergir novamente...