terça-feira, 22 de abril de 2014



E a terra ... Tinha uma certeza feminina, maternal. Há milhões de anos se partira em pedaços, retorcendo, criando veios, transformando montanhas inteiras, rompendo oceanos e água potável. Adaptava seres e formas. Era mãe, coração fácil de enganar. Porém... Há um, porém! Muito vivida aquela senhora, apesar de nova. Para o universo, milhões de anos não se estendem mais que um fim de semana trivial. Mas, ainda assim... Eram milhões de anos. E o pai desse universo velho, até então mais velho ainda, agonizava a dor dos sábios. A dor científica dos que enxergam pelas lentes do tempo. O pai do universo era oTempo! Voavam horas descompassadas, sem asas, com pressa. Horas modernas controladas pelo rojão dos afazeres, dos fatos, das informações. Pressa! O senhor de tudo, tinha a pressa de um relógio sem ponteiros.



ERA UMA VEZ O TEMPO QUE ERA O PAI DO UNIVERSO, QUE PRECISAVA ESCURECER A NOITE, ACENDER O DIA E ILUMINAR FORMIGAS QUE Andavam DE SAPATO...!