terça-feira, 28 de janeiro de 2014

O segredo transparente das almas velhas; dos potes vazios; da necessidade humana em derramar suas memórias; 100 tempo certo, ou decreto de alforria; da barriga q foi morada. E se nunca traduzida, carregada desde então ...

Clarisse Linspector/ "Um Sopro De Vida" é o título de 1 livro mto especial. O vento; páginas de Clarisse sempre lembrarão. Mas tornados e furacões, fazem peculiar impressão. Como se a sela de tinta, e baia de papel, fizessem em algum momento, montaria dessa senhora. E dali, só retornaria, na resposta indivisível de cada 1.
"A pior desgraça para nós é desdenhar aquilo que somos". 
Montaigne

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Free Style... Expressão americana para rappers que improvisam. Ou tatuadores que ousam delirar nos braços e costas e tronco; "pichadores" da epiderme e artistas contemporâneos dessa arte marginal. Canções ou desenhos admiro os caras. Ô! Coragem de exercer o ofício e honrar a confiança do outro. Ouvi falar pouco que a ideia dera errado. E continuo mandando as favas os corretores de texto. Escrevo quase a ode aos erros... Aqueles assumidos, sinceros, que antecedem a redenção e posteriores formais desculpas. O perdão católico em conluio a justiça africana. Meu pai... É cada absurdo tão desnecessário que o tempo voando vira mentira de pagão. Adornada de ouro em pó e rugas...Só que choveu amigo! O que era dourado escorreu pelo ralo e acabou no Guandu. O tempo fez-se dono e parou os rastros. As formas desbotaram mas lembram o que nunca desejamos esquecer. Estariam ali pq!? E os absurdos como notícia no esquecimento, "aguardam" o retorno... Free Style: acredito na eternidade do improviso registrado na hora dos poucos ouvidos que perceberam... E ali, como bêbado, mentira é conversa do dia seguinte...








  • Vida de Passarinho


O que move um homem pensava. Trabalho, casa, família. Dentro de todos os preceitos o que restava bem verdade eram contas e um azedume incomensurável. A última vez que abordado numa dura da Polícia Militar perguntaram sobre drogas a resposta foi direta: Tá me esperando em casa doutor! Promessa de altar. Tinha somente uma filha estranha, apesar de achar a cabocla linda. A esposa não envelhecia. Cadela! Ou era ele que estava muito fora de forma. Achava um porre fazer média e sorrir amarelo para sogros velhinhos com odores da terceira idade. A tal colônia nem em brechó, falido de falência, se encontrava mais. Protelava o velho, há anos, o término do frasco. Embebia a pele com um passado que não voltava e por estranho motivo remetia o cheiro às... Rugas. Pele retorcida pelo tempo, abarrotada, células mortas. Embalagens descartáveis  pensava! Que povinho mala! Era coerente, mas estava de saco cheio. Mesmo! Explodindo! Pela primeira vez em décadas libertava o monstro alimentado...

O vidro acabou na goela do velho que perdera os dentes e enfartara no meio do percurso. A pobre esposa catatônica rezava em silêncio um Pai Nosso que não terminou. Atingida por um samovar russo alcançara o chão com a brevidade de um corpo esguio em declínio. – Velharia que vai outra que cai. Repetiu três vezes. A filha gargalhava no auge de um surto da onde jamais retornaria. Seria internada por um contra parente bacana cujo nome não poderia ser identificado.

 E o cara, ainda embebido de sangue quente, algemado em flagrante pescava tranqüilo. Quando anos depois um repórter da rádio estatal perguntara o porquê daquilo tudo, respondera sem mexer as sobrancelhas que os anos foram generosos e o tempo honrava cada mote de trezentos e sessenta e cinco dias, para que compreendido pudesse ser. A primavera cuspia flores e não outros nomes. Não haveria herdeiros de fé para ensolarar qualquer sombra de arrependimento. Era livre: se nascera para viver todos os dias iguais, deveria então ser um passarinho e de resto, à gaiola que a ele caberia.

O gaiato era sincero. Repetiu isso novamente três vezes e voltara para a aula de teologia do presídio com nome de governador. Estudava agora a palavra. Não mais moveria suas mãos. Ia ler até cansar e esquecer o cheiro daquele perfume velho.
1a vida desacompanhada de música, penso; não aconteceu
1 sujeito de cócoras apoiando um prato na mão esquerda servia sua refeição do lixo. A outra da direita o garfo velho manipulado por dedos q seguravam c mãos de educação, e retalhos do q fora 1a bermuda tapava as partes íntimas. Pensava o q seriam partes íntimas qdo na profundidade da tradução da língua escrita, aquela alma transparente apenas sobrevivia. Adornar o caminho c dias imóveis! Assim percebi a cena e morri de vergonha, sozinho...!


Se dia desses morrer sozinho; saiba q é 1a grande mentira. Sobre "ir" assino documento e atestado. Sozinho nunca! Mentira mentirosa d quem não sabe de Deus. E o meu é negro de terreiro, tem olho puxado d yoga, e das extremidades do meu corpo magro fez a cruz q esticou meus braços de madeira até o maior de todos... Os abraços...


Ontem sonhei c um mundo melhor; uma mesa de jantar q se perdia de vista e atravessava oceanos. Havia grãos e todos os dentes ornamentando bocas q sorriam sem parar. Tinha gargalhada de bola e pique; polícia sem ladrão; arma de espada p defender o castelo q era d todo mundo! PQU criança só é dona; qdo pais se esquecem de dizer o essencial! E arrotam poderes "maiores" q 1 eu t amo  meu filho. 
Dia da Crian ...!
TODO DIA É DIA DELAS! MAS SER CRIANÇA EM SINTONIA COLETIVA; TALVEZ SEJA UM ARCO-ÍRIS ... PLANTANDO BANANEIRA!

domingo, 5 de janeiro de 2014

" O POETA DAS COISAS SIMPLES"... No meu país; q é só meu. Seria ele presidente. E toda poesia documentação obrigatória; como prova de existência e cidadania.

SOBRE MARIO QUINTANA 
Deus ouve música...  Talvez! Mas pessoalmente, compactuo com qualquer soma de perspectiva sonora ainda meio desconhecida; mas q me agrada mto. Violoncelo, violino; música de moço e menino... E outros versos e entendimentos; q por si só dizem.

 1 sábio chinês me dizia q trabalhava mto; por isso era necessário contemplar formiguinhas. E isso era a vida; portanto, se não pudesse mais, o resto todo possuiria outro sentido ... Como o saxofonista e a estória, q tantas vezes conto. Mas por fim, quase sempre; só resta a música. E isso também é muita coisa!

domingo, 19 de fevereiro de 2012


Minha poesia insône retalhava letras. Pai nosso! Até dormindo elas me acordam. E penso dizendo: senhoras, tão tarde p trabalhar. Cavalo bom também pasta e dorme! Mas insistentes são elas; as letras. Eternamente fálico o lápis, em breve, tá cobrando hora extra ou optando por uma vida prostituta numa esquina de Copacabana... É mais tranquilo eu acho.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Fulana

Fulana é uma criança grande
Com uma boca cheia de dentes enormes.
É linda!
De bruços o Pão de Açúcar derreteu
Seus milhões de anos sedimentados pouco valeram;
A paisagem caminha quando ela anda
E um olhar desavisado se esquece
Que qualquer coisa possa ser feita de pedra...



Presente

Acordei com a sensação
de que minhas idéias passadas
Morriam no país do futuro ...
Feliz aniversário novamente
pra essa terra sem dente!




CONGRESSO INTERNACIONAL
Ouçam // o que sai // da boca desses homens //
São bandeiras 100 palavras // mentiras mal lavadas //
No dorso da oportunidade //




A saúva
A saúva que é viúva
Exímia cortadeira
Leva a horta do moço
E o almoço da abelha

Porque sem folha não tem flor
Sem flor não tem mel
Dona abelha chateada
Dava voltas pelo céu

Também dizia o gafanhoto
Nada sobra para mim
E mordia o pé canhoto
Do menino curumim;

O que conversam estes insetos?
Porque ninguém fala comigo?
Se não tenho sossego,
Também não tenho amigo!

Afinal todos nós sabemos
Não é mentira de macaco
Que conversa de formiga
É só trabalho, trabalho e trabalho.

Resolveu a insetada
Procurar a cortadeira
Que se defendeu zangada
Dando bronca na abelha

Aprendemos desde cedo
Que o inverno é frio e rigoroso
Depois as chuvas de verão
E outro inverno de novo

Porém com tudo isso
Aprendi uma lição
Com amigos dividimos
A conversa e o pão

A partir deste momento
Fica resolvido ASSIM
Vou buscar comida longe
E não esbarrar no curumim

Confrades há um, porém.
E dele ninguém foge
São os desejos de cada um
Que fere e comove

Hoje dividimos isso
Depois aquilo outro
Concordamos, discordamos,
É a natureza do todo

Por isso sugiro em gesto solene
E o peito cheio de alegria
A palavra que faltava:

de – mo – cra - cia.




A Lança Armênia

Chama atenção a lança Armênia;
Aquela que atravessara Jesus,
é cultuado símbolo de fé;
Ignora o homem,
que não morrera velhinho
Multiplicando suas escrituras;
Ressuscitaria de qualquer jeito
Estava escrito!

301 anos depois seria Armênia
o primeiro país cristão.
A liturgia das palavras e sua ironia santa;
Uma lâmina que pudesse erguer
                                                  o peso íngreme da cruz;





2FORMAS

DEUS me fizera com tamanha imperfeição, que as vezes penso, ter sido então projetada por mãos que escrevem. Porque compreender minha alma "impura" e devaneios; nem eu. Mas durante as festas decretadas ou autorizadas, de fim de ano, ha novo retorno  e linha no anzol dos questionamentos. Dai; parei e olhei ao redor; depois novamente dezenas de vezes; e "n±ao" encontrei nada que justificasse ... NADA!

Sou imperfeito como todo mundo. Mas eh uma imperfeição tao plena de si q por vezes parece qse moldada a mãos q escrevem. SEMPRE pensei q haveria sido um mestre a trabalhar as entrelinhas tortas da alma "impura" q carrego. Depois olhei ao redor; e novamente repeti dezenas de vezes isso; e sem parar, ainda não me convenci, de absolutamente nada ....